PROJETO FLORES INCULTAS
CEVID
SEGES
Estudantes de escolas piauienses; 2. Mulheres vítimas de violência doméstica.
Objeto(s) (Produto(s) entregue ao final)Palestras/Oficinas/Saraus em escolas de Teresina e comarcas do interior; Pesquisa para compreensão da valorização da literatura piauiense e do conhecimento sobre Lei Maria da Penha; Abertura e estímulo de diálogo sobre a temática com a sociedade; Aperfeiçoamento da Rede de Enfrentamento à violência doméstica.
Finalizado
06/06/2022
31/08/2022
Divulgação da Literatura Piauiense sob olhar crítico e abordando a temática violência contra a mulher; Sensibilização da sociedade para realização de denúncias de crimes contra a mulher vítima de violência; Provocar o Poder Público e instituições privadas para agir de forma eficaz ao Combate à Violência contra a mulher.
Objetivo | Indicador | Meta |
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O PROJETO FLORES INCULTAS visa: a) realizar palestras, oficinas ou saraus em ambiente escolar com participação de professores de língua portuguesa, assistentes sociais e magistradas piauienses; b) sensibilizar a sociedade piauiense pela importância da realização de denúncias de violência doméstica; c) divulgar os canais de denúncia disponíveis; d) favorecer o diálogo do Judiciário com outras instituições; e) revalorizar a leitura crítica de obras piauienses no ambiente escolar.
Fora do Escopo
Premissa |
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Restrição |
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No contexto em que a violência doméstica ocorre em ciclos, que muitas vezes se repetem, numa espiral de agravamento das violências perpetradas, a Lei n. 11.340/06 – Maria da Penha - estabelece que o Poder Público desenvolva políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (art. 3º, § 1º). Nesse prisma, o PROJETO FLORES INCULTAS é uma forma de aplicação do disposto no art. 8º, inciso V, da Lei Maria da Penha, que estabelece “a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres”. Considerando a atuação do TJPI inserida em escolas, é válido destacar que a Lei Maria da Penha determina articulação do Poder Público com diretrizes de destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher (art. 8º, inc. IX). Com efeito, o desenvolvimento do presente projeto estará alinhado com diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) que estabeleceu, na Agenda 2030, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em específico os ODS 5 e 16 que se tratam, respectivamente de “Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas” e “promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis”. A realização de ações estratégicas voltadas à mulher vítima de violência reflete o direcionamento da conduta institucional em prol dos direitos humanos que no momento de seu processo de concretização requer esforços do Poder Público no sentido da implementação de políticas públicas que venham a promover uma progressiva efetivação desses direitos na ordem material e concreta das relações sociais. O PROJETO FLORES INCULTAS traz ações que serão desenvolvidas tendo como referenciais as boas práticas da gestão judiciária e o alinhamento com políticas públicas de combate à violência doméstica e com visão institucional do TJPI: “ser reconhecida pela sociedade como uma instituição que realiza a Justiça de forma efetiva”. Corroborando com o fundamento do presente projeto temos que a Meta 8 do Conselho Nacional de Justiça traduz-se na importância da abordagem da temática de violência de gênero, em especial, na priorização de julgamento de feminicídios e ações de violência doméstica e familiar contra a mulher. Nesse sentido, o desenvolvimento do PROJETO FLORES INCULTAS pelo Judiciário Piauiense está alinhado com diretrizes constitucionais e de legislação específica do ordenamento jurídico brasileiro, do Conselho Nacional de Justiça e da Organização das Nações, revelando, assim, em sua essência, que políticas públicas para aprimoramento das ações da Rede de Enfrentamento à violência doméstica à são ponto focal de atuação da Presidência do TJPI, através da Coordenadoria Estadual da Mulher (CEM).
ConsideraçõesA obra Flores incultas (1875) reúne uma compilação de 112 poemas e é marcada por um universo poético permeado pelo sentimentalismo, que fica evidente por meio de sentimentos relacionados à condição da mulher, à amizade, ao pessimismo, à religiosidade, à infância, à família e à morte. No poema, A mulher, publicado no livro, Flores Incultas (1875), a autora piauiense Luiza Amélia de Queiroz questiona o lugar da mulher na sociedade no período em questão. Considerando-se o caráter metafórico, é possível associar o título da obra da autora, com a condição feminina no período, que valorizava uma socialização feminina, para o cultivo da delicadeza, pela busca da vaidade de mostrar-se, mas eram em sua maioria incultas. Flores incultas (1875) foi a primeira obra escrita e publicada por uma mulher no estado do Piauí, tendo como autora a poetisa Luíza Amélia de Queiroz. Esse fato ganha destaque considerando o contexto da sociedade do século XIX, uma sociedade onde as mulheres não chegavam a cursar o ensino superior e o espaço reservado para elas era o lar e a posição de cuidadora da família. O anseio pela liberdade da mulher se faz presente nos versos de Luíza Amélia como expressão da sua revolta, contra aqueles que criticavam a sua expressão literária e suas ideias, somente pelo fato dela ser mulher. Para mais informações: Artigo "A multiplicidade de sentimentos na poesia de Luíza Amélia de Queiroz", publicado na Revista do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil da UFPI - Contraponto.
Observações22.0.000057996-7
Data | Descrição | Membro | Versão |
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Tipo de pesquisa: Amostra Aleatória Simples Questionário a ser aplicado a quem visitar o stand da CEM/TJPI no SALIPI: 1) Leu autor(es) da Literatura Piauiense em 2022? Qual? Sim ou Não 2) Conhece alguma obra literária piauiense que aborde a temática violência de gênero? Qual? Sim ou não 3) Alguma vez já leu a Lei Maria da Penha? Sim ou não 4) Conhece canais de denúncia de violência contra a mulher? Sim ou não Após o questionário, entrega de material de divulgação das ações da Rede de Enfrentamento à Violência contra a mulher.
a
12/06/2022
Iniciada: 06/06/2022
Finalizada: 12/06/2022
Finalizada
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100%
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Articulação realizada com gestores de escolas. Encaminhamento de ofícios para escolas e confirmação formal de adesão ao Projeto.
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31/07/2022
Iniciada: 06/06/2022
Finalizada: 16/09/2022
Finalizada
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100%
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Realização de entrevistas para meios de comunicação durante o mês de agosto/2022 para abertura e estímulo de diálogo sobre a temática com a sociedade e divulgação do Projeto.
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31/08/2022
Não iniciada
Finalizada: 16/09/2022
Finalizada
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100%
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Apresentação de uma obra da literatura piauiense com visão crítica e explicação do contexto da violência de gênero e da Lei Maria da Penha por Professores(as) de Língua Portuguesa, assistentes sociais, psicólogas e magistradas do TJPI.
a
31/08/2022
Não iniciada
Finalizada: 16/09/2022
Finalizada
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100%
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#2. Planejamento Estratégico Institucional Ciclo 2021-2026
#5. Agenda 2030 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
#5.47 Igualdade de Gênero
#5.58 Paz, Justiça e Instituições Eficazes
#2.16 Aperfeiçoamento da Gestão da Justiça Criminal
sim
15
Descrição da Determinação Legal
Entrega | Recurso | UNID. | QTDE | Valor (R$) | Total (R$) |
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CUSTO DO PROJETO | R$ 0,00 | ||||
RESERVA DE CONTINGÊNCIA (RESPOSTA AO RISCO) | R$ 0,00 | ||||
TOTAL DO PROJETO | R$ 0,00 |